terça-feira, 10 de junho de 2008

Dói-me a cabeça e fiz pouco hoje

E verdade seja dita, fiz pouco durante umas alturas em que era preciso fazer muito. Mas hoje dói-me particularmente mais a cabeça que nos outros dias, turbilhão de "coisas"? Tanta coisa por dizer, tanta coisa que fiz (não as que queria!), tanta coisa para fazer, em suma, passado presente e futuro (não exactamente por esta ordem). Deixai-me mudar de música...adoro esta interactividade dos blogs, esta janela tão nossa e tão (im)pessoal (a tocar: sour times - portishead); não sei porquê esta música fascina-me. Voltando, não me arrependo das alturas em que fiz pouco, porque até fiz muita coisa, não estava é destinada a ser feita, inicialmente. E com disso vieram um sem fim de sentimentos, bons, maus, arriscados. Deito-me muitas vezes a pensar "arriscaste de mais", arrisquei? Sim, não,... bem em que é que ficamos? Sim, nunca arrisquei tanto e, acho que foi perigoso, there's no such thing like quem não arrisca não petisca. Espero que tenha morrido feliz, senhor dos ditados populares. Se tudo estava estável, ou poderia ficar para quê? Jogo perigoso com consequências grandes. Perdi, ganhei, voltei a perder; ainda não tenho bem consciência do que perdi, mas às vezes até me apercebo, não há nada que o compense, nem acho que alguma vez haverá, guardo sempre na memória o azul e o calor, uma espécie de Verão só meu, que só chegou uma vez. Um dia que nunca chegará, será uma espécie de reencontro. E surge anormalidade, difusão, translocação, ilusão, retracção, distracção e falta de localização; o que é que tu queres? O mestre disse que os ciclos se fecham, nem se chegou a completar, o fio de cristal partiu, "o espectáculo acabou", this one is for the good days... Perdi o centro, não tenho rota, todos os dias, eu, todos, lutam para o encontrar e "não há tempo", mestre há tempo! Há esperança, há vontade de sair, aqueles dias em que nos encontrávamos e chorávamos e dizíamos que sonhávamos e sonhávamos alto e, ainda sonhamos. O que é uma pessoa sem sonhos, objectivos, sem passos em falso, conversas eternas. Eu arrisquei.


Um beijo 

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